quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Relação entre obesidade e osteoporose

Há muito se acredita que um índice de massa corporal elevado previna ou atenue a perda de massa óssea após a menopausa e durante o envelhecimento. Entretanto em um estudo realizado por Zhao e colaboradores em cooperação com universidade chinesa e norte-americana mostra que não é bem assim.

Para melhor analisar a relação entre massa corporal e massa óssea os pesquisadores também avaliaram a composição corporal (proporção do peso correspondente a massa gorda e massa magra) e corrigiram para a carga mecânica causada pelo peso corporal.

O achado chave foi que a massa gorda se relaciona genética e ambientalmente inversamente com a massa óssea. A gordura corporal per se não protege contra a osteoporose. Os fatores genéticos e ambientais que podem reduzir a gordura corporal podem também ter efeitos benéficos sobre a massa óssea. Os dados também confirmam o efeito benéfico da carga de peso sobre o esqueleto, mas desafia o pensamento dominante que tanto a gordura quanto a massa magra (principalmente músculos) sejam benéficos. Uma maior massa corporal magra é basicamente causada por mais massa muscular o que causa mais carga mecânica sobre os ossos e também uma maior massa óssea.

Em acordo com estes achados há o artigo de Lee e colaboradores que além do tecido adiposo exercer efeitos sobre o esqueleto (por meio da leptina, principalmente) e esqueleto também influencia o tecido adiposo (por meio da osteocalcina).

Referências

Lee, N. K.; Sowa, H.; Hinoi, E.; Ferron, M.; Ahn, J. D.; Confavreux, C.; Dacquin, R.; Mee, P. J.; McKee, M. D.; Jung, D. Y.; Zhang, Z.; Kim, J. K.; Mauvais-Jarvis, F.; Ducy, P. & Karsenty, G. Endocrine regulation of energy metabolism by the skeleton. Cell. 2007;130, 456–469

Zhao, L.; Liu, Y.; Liu, P.; Hamilton, J.; Recker, R. R. & Deng, H. Relationship of Obesity with Osteoporosis. J Clin Endocrinol Metab. 2007;92, 1640–1646

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