Em um estudo duplo cego, randomizado, mulheres com osteoporose após a menopausa receberam uma infusão de ácido zoledrônico (Zometa® – Novartis) ou de placebo em 3 doses anuais e foram acompanhadas por 3 anos.
O tratamento com ácido zoledrônico conseguiu reduzir significamente o risco de fraturas vertebrais (em 70%), fêmur (em 41%) e outras fraturas (em 25%). Os efeitos adversos foram semelhantes entre os dois grupos, exceto para fibrilação atrial grave que foi mais freqüente naquelas que receberam ácido zoledrônico.
Um dos problemas mais freqüentes no tratamento da osteoporose é a baixa aderência ao tratamento e os efeitos adversos sobre o esôfago e estômago. Os bifosfonados (grupo a que pertence o ácido zoledrônico) devem ser ingeridos em jejum com um copo cheio de água, manter o jejum por no mínimo uma hora e a postura ereta ou acentado. Em pacientes com grave problema de refluxo gastro-esofágico ou com alterações de motilidade do esôfago os bifosfonados são contra-indicados. A administração via venosa do ácido zoledrônico uma vez ao ano pode contornar facilmente esta dificuldade, principalmente nos pacientes com osteoporose e Doença de Chagas, freqüentes no Brasil.
A fibrilação atrial grave (1,3% no grupo do ácido zoledrônico contra 0,5% no placebo) ocorreu após 30 dias da infusão e não parece haver relação com a hipocalcemia, que foi precoce, leve e transitória após a infusão do medicamento.
Uma alternativa aos bifosfonados por via oral seria o ranelato de estrôncio (Protos® - Servier) mas também causa efeitos gastrointestinais, principalmente diarréia.
O preço do tratamento é caro para a maioria da população pois o custo anual do alendronato de sódio (Fosamax®) 70 mg por semana e do Zometa® é aproximadamente R$ 1500,00 com ambas as drogas.
Além destes medicamentos está disponível no Brasil o alendronato de sódio genérico, risedronato sódico (Actonel®, Sanofi-Aventis)o ácido ibandrônico (Bonviva®, Roche), teriparatida (Forteo®, Eli Lilly).
Referências:
Black DM et al. Once-yearly zoledronic acid for treatment of postmenopausal osteoporosis. N Engl J Med
2007; 356:(18)1809-1822
Nenhum comentário:
Postar um comentário