Autor: Will Boggs Publicado em 09/18/2008 Medcenter Medscape
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Nova York – De acordo com uma publicação em agosto do American Journal of Cardiology, em pacientes com dislipidemia mista, a prescrição adicional de ácido etil-éster ômega-3 (P-OM3) à sinvastatina melhora as concentrações de lipídios e lipoproteínas.
"A eficácia da combinação de sinvastatina/ômega-3 é semelhante à observada com sinvastatina/fenofibrato", Dr. Kevin C. Maki do Provident Clinical Research, Glen Ellyn, Illinois declarou à Reuters Health. "Portanto, minha opinião é que a combinação é uma opção de tratamento razoável para indivíduos com dislipidemia mista".
Dr. Maki e colaboradores avaliaram 6 semanas de tratamento com sinvastatina em doses de 20 mg/dia associada a P-OM3 4 g/dia ou placebo em 39 pacientes com triglicérides e colesterol não-HDL elevado.
A concentração de colesterol não-HDL declinou para um nível melhor com sinvastatina + P-OM3 (redução de 40%) do que com sinvastatina + placebo (redução de 34%), relatam os autores.
O grupo que recebeu P-OM3 também teve maior redução no colesterol VLDL e triglicérides e maior aumento no colesterol HDL do que os pacientes do grupo que recebeu placebo.
Os pesquisadores observam que melhoras significativamente maiores com P-OM3 em comparação com placebo foram vistas na apoB, na razão colesterol total/colesterol HDL e razão triglicérides/colesterol HDL, mas concentrações de colesterol LDL e de apoA-I mudaram para um nível semelhante com os dois tratamentos.
A maioria dos efeitos adversos foi classificada como leve ou moderada quanto à gravidade, relatam os pesquisadores, e não houve efeitos adversos graves relacionados ao tratamento.
"A minha maior mensagem é a importância do tratamento para se obter as metas de colesterol LDL e não-HDL do National Cholesterol Education Program", disse Dr. Maki. "Os resultados da nossa pesquisa NEPTUNE II sugerem que cerca de 25% dos indivíduos submetidos ao tratamento para dislipidemia têm triglicérides elevados (pelo menos 200 mg/dL). Nós fizemos grande progresso no tratamento de pacientes para levá-los às suas metas para colesterol LDL durante a década passada, mas uma porcentagem significativa de pacientes não alcança as metas para colesterol não-HDL".
"A evidência de uma variedade de fontes indica que cada aumento de 1 mg/dL no colesterol VLDL está associado ao aumento do risco de doença coronariana de forma semelhante como ocorre com cada aumento de 1 mg/dL de colesterol LDL, o que explica porque colesterol não-HDL é um melhor indicador de risco de evento do que o colesterol LDL", acrescenta Dr. Maki. "Atenção adicional é necessária na prática clínica para identificar e tratar pacientes com colesterol não-HDL elevado".
Fonte:
Am J Cardiol 2008;102:429-433.
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