terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A vitamina D reduz o risco de fratura, mas seus efeitos sobre o Câncer e doenças cardiovasculares não são claros

Duas opiniões sobre a vitamina D que aparecem no Annals of Internal Medicineaponta o papel na redução do risco de fratura, mas dizem que pouco se sabe sobre seu efeito nas doenças cardiovasculares e câncer.

Uma revisão, empreendida para ajudar os USPSTF, conclui que a vitamina D, combinado comsuplementos de cálcio, reduz o risco de fraturas em idosos. O efeito é maior entre adultos institucionalizados do que entre aqueles que vivem na comunidade ou entre mulheres pós-menopáusicas. 
Os revisores apontam para descobertas conflitantes sobre se a vitamina D pode diminuir (ou até mesmo aumentar) o risco de câncer e, portanto, não puderam tirar nenhuma conclusão.

A revisão aponta outras pesquisas ligando hipovitaminose D com doença cardiovascular, mas diz que podem haver vários fatores de confusão no trabalho de análise de associação. 

A análise conclui que "nenhuma evidência clara indica que a suplementação de vitamina D tem um papel a desempenhar na prevenção da doença cardiovascular."

Annals of Internal Medicine revisão para USPSTF (resumo grátis)

Annals of Internal Medicine revisão narrativa (resumo grátis)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Melhor condicionamento físico associado à menor mortalidade em homens, independente do peso

Homens que mantém ou melhoram seu condicionamento cardiovascular tem menor risco de morte que aqueles que se tornam menos condicionados – independente do IMC – foi relata do em um estudo da Circulation.


Aproximadamente 14.000 homens fizeram exames clínicos iniciais (idade média 44 anos) e então 6 anos depois. Condicionamento físico foi avaliado – em equivalentes metabólicos (METs) – nos dois exames e a mortalidade foi avaliada 11 anos após o último exame.


Entre os achados do estudo estão:

  • Manter ou melhorar o condicionamento físico entre os dois exames conferiu menor risco de morrer mesmo após controlar para alterações no IMC.
  • Para cada 1-MET a mais em condicionamento o risco de morrer por qualquer causa e por doença cardiovascular caiu em 15% e 19% respectivamente. 
  • Mudanças no IMC não foram preditores independentes de mortalidade.
Os autores concluem: "Os efeitos a longo prazo da mudança do condicionamento físico, resultam primariamente do aumento da atividade física, e é provável que seja tão importante quanto perder peso para reduzir a mortalidade prematura. 


Artigo (resumo em inglês grátis)


domingo, 4 de dezembro de 2011

Pessoas com excesso de peso comem menos vezes que os magros

Um novo estudo buscando por fatores que ajudam a prevenir a reaquisição de peso mostrou que adultos com peso normal, incluindo aqueles que perderam muito peso e continuaram magros, comem mais frequentemente que as pessoas com excesso de peso.

Pesquisadores seguiram aproximadamente 250 pessoas por um ano e encontraram que os indivíduos com sobrepeso comeram menos lanches associado com as principais refeições que as pessoas com peso normal, mas os com sobrepeso ainda assim comeram mais calorias e foram menos ativos durante o dia.

A pesquisadora Jessica Bachman, professora assistente no Departamento de Nutrição e Dietética da Universidade de Marywood em Scranton, Pensivalnia (EUA), diz que "A maioria das pesquisas mostram que aqueles que comem mais frequentemente tem um menor peso." "Mas não sabemos por quê?

Procurando entender como as pessoas que emagreceram continuam magras ela e seu time analisaram dados coletados por dois grandes estudos patrocinados pelo NIH (National Institutes of Health). Um pesquisou hábitos de alimentação com pessoas acima do peso e o outro das pessoas com peso normal sendo que aproximadamente metade havia perdido de forma sustentada por 5 anos ou mais pelo menos 15 kg.

As pessoas com peso normal comiam 3 refeições e 2 lanches diariamente, quanto as pessoas com excesso de peso comiam 3 refeiçoes e um lanche por dia. Geralmente os que mantiveram o peso perdido comiam menos calorias por , aproximadamente 1800,  comparado com os com peso normal, 1900,  e os com excesso de peso 2000.

O nível de atividade física era mais alto entre os que mantiveram o peso perdido, queimando aproximadamente 3000 Calorias por semana em atividade física, comparado com 2000 Calorias entre os com peso normal e 800 Calorias entre os com excesso de peso. 

A Dr.ª Bachaman especula que os lanches podem prevenir a fome intensa. "Se você come mais vezes, isso evita de se sentir esfomeado." "Se você espera 10 horas para comer novamente, você acaba comendo um monte de comida de uma vez."

Fonte:

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Médicos alertam que falta de vitamina D prejudica coração

Estudo americano mostra que reposição com suplementos reduz este índice em 50%

NOVA YORK — Pessoas com baixo nível de vitamina D no sangue que usaram suplementos para normalizá-lo tiveram reduzido em mais de 50% o risco de morte, em comparação com aquelas que não fizeram a reposição. Este foi o resultado de um estudo feito com mais de dez mil pacientes por pesquisadores da Universidade de Kansas.

O estudo constatou também que 70% dos adultos pesquisados tinham deficiência desta vitamina, e que este grupo tinha maior probabilidade de desenvolver doenças cardíacas. A falta de vitamina D quase dobrou a chance de uma pessoa morrer, enquanto a correção do problema reduziu em 60% este risco.

— Esperávamos constatar que havia uma relação entre doenças do coração e deficiência de vitamina D, mas ficamos surpresos ao descobrir quão forte ela é — disse James L. Vacek, professor de cardiologia da hospital da Universidade de Kansas à agência Reuters.

A falta de vitamina D está relacionada a uma série de doenças, mas poucos estudos até agora haviam demonstrado que suplementos poderiam prevenir esses problemas.

Vacek and sua equipe analisaram os dados de 10.899 adultos cujos níveis de vitamina D haviam sido verificados no hospital da Universidade de Kansas, e perceberam que mais de 70% tinham menos do que 30 nanogramas por mililitro de sangue, o nível considerado suficiente para os especialistas.

Depois de avaliarem fatores como o histórico médico e os remédios utilizados por elas, os cardiologistas descobriram que as pessoas com baixos níveis de vitamina D têm duas vezes mais risco de desenvolver diabetes, 40% mais chance de ter pressão alta e 30% mais probabilidade de ter uma cardiomiopatia. Os pesquisadores fizeram publicar ainda no “American Journal of Cardiology” que os que têm menos vitamina D são três vezes mais propensos a morrer de qualquer causa.

A pesquisa, porém, não prova que a vitamina D é a causa dos efeitos observados — outros fatores, como doenças, poderiam ser responsáveis tanto pelas diferenças no estado de saúde quanto nos níveis de vitamina D de cada paciente.

Estudos anteriores já haviam mostrado que muitos americanos não têm vitamina D suficiente no organismo. A última pesquisa nacional sobre saúde e nutrição estimou que entre 25% e 57% dos adultos tinham baixos níveis de vitamina D, enquanto outros sugeriram que este índice fica acima de 70%. Para Vacek, o número é tão alto porque 90% desta vitamina são obtidos pela exposição ao sol e apenas 10%, por meio da comida.

Alguns alimentos, como óleo de peixe, ovos e produtos feitos com leite enriquecido também são boas fontes de vitamina D. Para absorvê-la a partir da luz solar, é preciso pelo menos 20 minutos de exposição por dia, diz Vacek.

No Norte dos Estados Unidos e em países como o Canadá, segundo especialistas, o sol não é forte o suficiente nos meses de inverno. Isso significa que os moradores desses lugares devem ter seus índices de vitamina D verificados por exames de sangue regularmente e tomar suplementos, se necessário. Em geral, Vacek recomenda que os adultos tomem entre mil e duas mil unidades internacionais (UI) diariamente.

— Mas, se você não tem deficiência de vitamina D, não pense que ela é uma pílula mágina que o fará viver mais tempo — alerta o médico. — A reposição é indicada para quem tem falta de vitamina D. Se for o seu caso, dois meses depois de começar a tomar suplementos verifique se o nível desta vitamina no seu organismo aumentou.



Fonte: O Globo
Artigo 

sábado, 26 de novembro de 2011

Óleo de coco pode nos ajudar a perder peso?


Katherine Zeratsky, R.D., L.D.

Os proponentes do óleo de coco para perda de peso dizem que o alto teor de gordura do óleo de coco pode, paradoxalmente, ajudar a perder peso. No entanto, as  poucas pesquisas que têm examinado especificamente o óleo de coco – ou o tipo de ácidos graxos que ele contém – têm apresentado resultados mistos para perda de peso.

Óleo de coco é um óleo vegetal feito a partir das frutas secas (noz) da palmeira de coco. Consiste basicamente de certos tipos de ácidos graxos aturados. Uma colher de sopa de óleo de coco contém 117 calorias e 13,6 gramas de gordura.

Partidários de óleo de coco e perda de peso dizem que apesar de sua caloria e alto teor de gordura, óleo de coco aumenta o seu metabolismo,  seu vigor, faz você se sentir mais saciado e melhora a função da tiroide. Eles dizem que o  os ácidos graxos no óleo de coco são saudáveis,  e que seu corpo queima-o rapidamente para gerar energia.

Uma dieta de  óleo coco  comumente sugere comer 3 colheres de sopa de óleo de coco puro por dia, ou substituindo outros óleos e gorduras, normalmente  usados para cozinhar.  Algumas dietas óleo de coco também sugerem que você coma uma dieta pobre em carboidratos, enquanto outras requerem que você faça várias etapas, incluindo a restrição de carboidratos e  limpeza do intestino.

Embora comer  óleo de coco  com moderação para uma dieta de curto prazo provavelmente não prejudicará a sua saúde,  provavelmente não ajudar á você a perder peso. E lembre-se que o óleo de coco tem realmente mais gordura saturada do que a manteiga e a banha.
Para o sucesso da perda de peso, no longo prazo, manter o básico – uma planta saudável comer-geral e exercício.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Novo estudo contesta relação entre celular e câncer

Pesquisa acompanhou 350 mil pessoas por 18 anos; efeito em crianças ainda precisa ser investigado
 
Londres - Embora alguns estudos tenham sugerido uma associação entre celular e câncer, uma nova pesquisa dinamarquesa não encontrou ligação entre o uso desses telefones  e o desenvolvimento de tumores no cérebro, afirmaram nesta sexta-feira, 21, os autores da pesquisa no site da revista "British Medical Journal" (BMJ, sigla em inglês).

Segundo o estudo, realizado no Instituto de Epidemiologia de Copenhague, os casos de câncer no sistema nervoso central eram os mesmos entre os indivíduos que usaram celular durante um longo período de tempo - mais de 10 anos - e os que nunca utilizaram esse aparelho.

Durante um período de 18 anos, os pesquisadores acompanharam de perto a saúde de 350 mil pessoas, entre elas usuários de celular e pessoas que nunca tiveram acesso ao aparelho.

Com os resultados, os especialistas afirmaram que não conseguiram detectar aumento do risco de desenvolver tumores no sistema nervoso central entre aqueles que usavam regularmente o celular.

Apesar da descoberta, os pesquisadores dinamarqueses ressaltaram que ainda é preciso estabelecer o efeito que o celular provoca nas crianças.

Segundo Hazel Nunn, porta-voz de assuntos de saúde da ONG britânica Cancer Research, "estes resultados são a maior prova de que o uso de celular não parece aumentar o risco de câncer no cérebro".

Para o professor Malcolm Sperrin, especialista do Hospital Royal Berkshire, próximo a Londres, essas conclusões "revelam claramente que não há risco de se desenvolver câncer no cérebro".

O National Cancer Institute, nos Estados Unidos, reforça que até hoje não há evidências científicas de que a radiação emitida pelos aparelhos cause câncer em tecidos da cabeça e do pescoço.

Embora alguns estudos tenham apontado uma associação estatística entre o uso do celular e tumores no cérebro, a maioria das pesquisas não comprovou essa relação. Entre os motivos para a discrepância nos resultados, os especialistas apontam desde o viés no perfil dos participantes dos estudos até a falta de precisão ao relatar o uso do aparelho e as mudanças na tecnologia e formas de uso.

Há outros estudos em andamento. Um deles, que começou na Europa em 2010, vai avaliar cerca de 250 mil usuários ao longo de 20 ou 30 anos.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,novo-estudo-contesta-relacao-entre-celular-e-cancer-,788593,0.htm

Alteração hormonal provoca ganho de peso em trabalhadores noturnos

Mudança de turno deixa trabalhadores predispostos a comer mais, ganhar peso e desenvolver síndrome metabólica.

Um novo estudo realizado por cientistas brasileiros sugere que trabalhadores noturnos apresentam alterações em funções hormonais que podem deixá-los predispostos a comer mais, ganhar peso e desenvolver síndrome metabólica - um conjunto de fatores de risco cardiovascular que inclui hiperglicemia, hipertensão arterial, obesidade e aumento da circunferência da cintura.

A literatura científica internacional já demonstrava que os trabalhadores noturnos têm mais tendência ao ganho de peso, além de maior risco de apresentar doenças cardiovasculares e outros indicadores de síndrome metabólica.

Mudanças de comportamentos alimentares associadas ao trabalho noturno - incluindo aumento do valor calórico e variações no horário e número de refeições - têm sido apontadas como a mais provável explicação para esse fenômeno.

Estudando os mecanismos biológicos que poderiam estar por trás das mudanças comportamentais, um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descobriu que os trabalhadores noturnos apresentam alterações em funções hormonais estomacais que regulam a saciação - a sensação de estar satisfeito após a refeição -, o que pode levar ao ganho de peso.

O estudo foi coordenado por Bruno Geloneze Neto, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. “Nossa conclusão é que a função hormonal estomacal de regulação da saciação sofre alteração nas pessoas que trabalham à noite”, disse Geloneze.
De acordo com Geloneze, o estudo foi realizado com um grupo de 24 mulheres, sendo 12 trabalhadoras do turno da noite e 12 trabalhadoras do turno do dia do Hospital das Clínicas da Unicamp. Todas elas tinham índice de massa corpórea entre 25 e 35.
“Estudamos os mecanismos hormonais ligados à saciação e não as diferenças comportamentais. Tomamos o cuidado de trabalhar apenas com pessoas do mesmo sexo, com padrões semelhantes de peso, de atividade física e de condição socioeconômica e cultural, a fim de observar as diferenças relacionadas à variável do turno de trabalho”, disse Geloneze.

Segundo Geloneze, a literatura internacional aponta que os trabalhadores noturnos têm mais riscos de ganhar peso e desenvolver doenças cardiovasculares, associando esse fenômeno a um aumento do consumo calórico.

Mas, até agora, os estudos não haviam desvendado se esse aumento ocorria devido ao estresse causado pela quebra do ritmo biológico ocasionada pela vigília no período noturno ou por um fator de ordem puramente comportamental: como se a falta de estímulos no período noturno levasse a pessoa a comer mais - o que os cientistas suspeitam ser um mito.

“Fomos investigar um aspecto sobre o qual não há dados na literatura: como se comportam os hormônios gastrointestinais que controlam a fome e a saciação. Alguns estudos mostram que existe uma alteração nos níveis de leptina - um hormônio relacionado ao grau de adiposidade - nos trabalhadores noturnos. Mas não se sabia se a leptina se alterava como consequência do ganho de peso ou se era sua causa”, explicou.

As voluntárias foram submetidas a um teste de alimentação padrão, que consiste na ingestão de 515 calorias, com uma dieta hiperproteica e hiperlipídica. As trabalhadoras noturnas foram testadas durante o dia, em jornadas de folga. As trabalhadoras diurnas foram testadas no horário normal.

“Depois da alimentação, estudamos por três horas a produção de insulina e de três hormônios GLP-1 e PY-B36 - ambos com ação anorexígena -, de grelina, um hormônio produzido no estômago e que estimula a fome, e de xenina, hormônio que inibe a fome”, declarou.

No padrão normal de alimentação, pouco antes da refeição, os níveis de grelina se apresentam altos, enquanto os outros três hormônios apresentam níveis baixos. Depois da refeição, por um período de três horas, o GLP-1, PY-B36 e xenina aumentam e a grelina é reduzida.

“Nos indivíduos que trabalham à noite, os padrões de GLP-1 e de PY-B36 se apresentavam semelhantes ao das trabalhadoras diurnas. Mas identificamos uma alteração na produção de grelina entre as trabalhadoras noturnas”, disse.
Normalmente, segundo Geloneze, após a refeição a produção de grelina cai abaixo dos níveis basais. Entre as trabalhadoras noturnas, não houve supressão da grelina depois da alimentação.

“Outra diferença que observamos ocorreu em relação à xenina. Esse hormônio normalmente aumenta após a refeição, contribuindo para a saciação. Mas nas mulheres que trabalham à noite a produção de xenina não subiu”, disse o pesquisador.
Do ponto de vista clínico, houve uma diferença discreta na quantidade de calorias ingeridas, de cerca de 10%. As trabalhadoras noturnas, apesar de terem o mesmo padrão de índice de massa corpórea das outras, tinham também um pouco mais de concentração de gordura no abdome.

“Quando falamos de tratamento da obesidade, precisamos levar em conta que as condições das pessoas são muito heterogêneas e uma abordagem terapêutica única pode ser ineficiente. Agora sabemos que para os trabalhadores noturnos seria preciso ter terapias focadas nesses mecanismos subjacentes, como, por exemplo, drogas que modulem a produção de xenina e grelina”, afirmou.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,alteracao-hormonal-provoca-ganho-de-peso-em-trabalhadores-noturnos,789691,0.htm

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Suplemento de vitamina E aumenta risco de tumores

Estudo com 35 mil homens indica mais probabilidade de câncer de próstata

Pesquisadores dos EUA dizem que suplementos vitamínicos não são como 'canja de galinha' e podem fazer mal

A ingestão diária de uma dose de vitamina E, antes considerada uma promessa de prevenção contra o câncer de próstata, aparentemente tem o efeito inverso: aumentaria em 20% o risco de desenvolver esse tipo de tumor.
A descoberta está em artigo na revista especializada "Journal of the American Medical Association", mais conhecida como "Jama".
Trata-se de uma demonstração importante de que tomar vitaminas está longe de cair na categoria "se não fizer bem, mal não vai fazer". "As pessoas tendem a pensar que vitaminas são como canja de galinha", o que é errado, alerta o líder do estudo, Eric Klein, da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos.

SEM MECANISMO
Klein e seus colegas afirmam que ainda não dá para saber qual o mecanismo biológico por trás do aumento do risco de câncer, mas consideram que os dados são suficientes para recomendar que os pacientes não tomem os suplementos vitamínicos.
O estudo publicado no "Jama" envolveu o acompanhamento de cerca de 35 mil homens, com idade superior a 50 anos, a partir de 2001.
Os pesquisadores forneceram aos pacientes, dependendo do subgrupo em que foram divididos, tanto vitamina E quanto o mineral selênio, cujo suposto efeito protetor contra tumores de próstata também estava sendo investigado. Num dos subgrupos, vitamina e selênio foram combinados, enquanto outro só recebeu placebo (inócuo).
Já em 2008, tinha ficado claro que os suplementos não estavam tendo efeito protetor, e a equipe da pesquisa recomendou que o uso de vitamina E e selênio fosse descontinuado. No entanto, foi preciso analisar os dados até este ano para que o aumento do risco fosse flagrado.
Esse aumento não é catastrófico, principalmente quando se olham os números absolutos: 620 dos pacientes que tomavam vitamina E desenvolveram tumores de próstata, contra 529 dos que tomavam apenas placebo -cada um desses grupos tinha quase 9.000 voluntários.
Os outros grupos também apresentaram número de casos ligeiramente maior do que o conjunto de homens que tomou só o placebo.

RELEVÂNCIA ESTATÍSTICA
No entanto, apesar da diferença sutil, as análises estatísticas conduzidas pelos pesquisadores mostram que o efeito negativo do suplemento de vitamina E é real -diferentemente do que acontece com os suplementos de selênio ou o suplemento combinado, por exemplo.
Como não há diferença importante entre estilo de vida, características étnicas ou outros fatores entre os vários grupos, os pesquisadores avaliam que o excedente de vitamina E provavelmente está por trás do risco maior.
É claro que a pesquisa não prova que a vitamina, um nutriente importante, faz mal para a saúde humana.
Mas, por via das dúvidas, tal como acontece com qualquer outro nutriente, a forma comprovadamente saudável de ingerir vitamina E é pela alimentação. Alimentos como espinafre, beterraba, tomate, azeitonas e mamão são ricos em vitamina E.

Fonte

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Médicos pedem fim de exame de PSA para prevenção do câncer de próstata

Recomendação foi feita por grupo de medicina preventiva dos EUA

Um dos métodos mais usados para a detecção do câncer de próstata, o PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês), não deve mais ser usado em homens saudáveis.
A recomendação é do US Preventive Services Task Force, grupo cientistas e pesquisadores influentes ligado ao governo americano, e foi baseada em cinco testes clínicos bem controlados.
"O teste não consegue mostrar a diferença entre tumores que irão ou não afetar um homem durante sua vida. Nós precisamos encontrar um que o faça", disse Virginia Moyer, da Baylor College e líder do grupo.
O PSA detecta a elevação de uma proteína produzida pela próstata e é um indicativo de câncer. O método, porém, é criticado por dar falsos-positivos. Uma dosagem alta de PSA, no entanto, também pode ser sinal de uma infecção ou crescimento benigno exagerado da próstata.
Com a sua popularização, as consequências devastadoras das biópsias e dos tratamentos que geralmente lhe são subsequentes começaram a aparecer. De 1986 a 2005, 1 milhão de homens foram tratados com cirurgia, radioterapia (ou ambos), o que não aconteceria sem o PSA. Entre eles, dizem os pesquisadores, pelo menos 5.000 morreram logo após a cirurgia e entre 10 mil e 70 mil outros sofreram complicações sérias. Pelo menos a metade apresentou frequentemente sangue no sêmen, além de muitos terem incontinência urinária ou impotência.
"Nós estamos desapontados. A questão é que esse melhor teste que nós temos, e a resposta não pode ser simplesmente 'não faça o exame'", diz Thomas Kirk, líder do Us Too, um dos maiores grupos de apoio à doença. Para os pesquisadores, não saber o que está acontecendo na próstata pode ser o melhor caminho.
Estudos em autópsias indicaram que um terço dos homens entre 40 e 60 anos têm a doença. Uma proporção que sobe para três quartos na faixa acima de 85.
A recomendação é válida apenas para homens saudáveis e sem sintomas. Os pesquisadores se pronunciaram se o teste é apropriado para homens que têm sintomas suspeitos da doença ou que já foram tratados contra ela.
Fonte: Folha de São Paulo

sábado, 10 de setembro de 2011

Café protege contra o diabetes

Cientistas da Noruega afirmam que consumir muito café pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
O estudo avaliou a quantidade de café consumida por 360 mil pessoas não-diabéticas a partir de estudos de saúde e mostrou que pessoas que bebiam pelo menos nove xícaras de café tinham um risco 35% menor de desenvolver diabetes tipo 2 do que aqueles que bebiam menos de uma xícara por dia. 
Os cientistas focalizaram sobre a associação entre o consumo de café coado com idades entre 40 e 45 anos e o desenvolvimento de diabetes tipo 2 entre as idades de 45 e 60 anos. 
O pesquisador Vidar Hjellvik comentou: "Este estudo encontrou que o risco de desenvolver diabetes tipo 2 diminui proporcionalmente com o aumento do consumo de café coado." 
Os resultados não significam que as pessoas devem abusar de café. 
Publicado pelo Instituto Norueguês de Saúde Pública, em setembro 2011.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Nem toda pessoa com IMC alto precisa emagrecer, diz estudo

Pessoas com IMC acima de 30 que praticam exercícios e têm uma dieta alimentar equilibrada podem ser mais saudáveis que indivíduos magro

Obesos que levam uma vida saudável são menos propensos a problemas cardiovasculares, afirmaram pesquisadores da Universidade de York, em Toronto, no Canadá, que analisaram dados coletados de seis mil americanos obesos durante 16 anos, e compararam o risco de mortalidade deles com o de 23.309 indivíduos com peso normal.

"Nossos resultados questionam a ideia de que todos os obesos precisam perder peso", declarou Jennifer Kuk, professora na escola de York de Ciência da Saúde, autora principal do estudo publicado na revista Applied Physiology, Nutrition and Metabolism. De acordo com Jennifer, tentar perder peso e fracassar pode ser pior que manter um elevado peso corporal e levar um estilo de vida saudável que inclua atividade física e dieta equilibrada com muita fruta e verdura.

Os pesquisadores utilizaram o sistema de classificação da obesidade de Edmonton (EOSS, na sigla em inglês) que, segundo afirmam, é mais confiável que o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) baseado no peso e na altura, e que aquele que mede a circunferência da cintura. O novo sistema, desenvolvido pela universidade canadense de Alberta, estabelece cinco fases da obesidade, levando em conta, além do IMC e do tamanho da cintura, parâmetros clínicos que indicam a presença de doenças frequentemente agravadas pela obesidade, como diabetes, hipertensão e problemas coronários.

Embora um índice elevado de IMC esteja associado com um maior risco de doenças relacionadas com a obesidade e de mortalidade, essa é uma medida indireta, que não distingue entre tecido gorduroso e magro, nem leva em conta o estilo de vida das pessoas. Por isso, de acordo com a classificação EOSS, duas pessoas com IMC acima de 30, considerada obesas, devem ser avaliadas distintamente.

Para o chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas da USP, Marcio Mancini, o estudo acerta ao não se basear exclusivamente no IMC. "O método utilizado leva em consideração a presença de doenças associadas à obesidade e não se limita a usar somente o peso e a altura." Segundo Mancini, os resultados da pesquisa se justificam porque "há obesos 'metabolicamente normais', que não desenvolvem diabetes, não têm alteração de colesterol e triglicérides, mas podem ter outras complicações como osteoartrose, apneia de sono, aumento de acidentes e câncer relacionado à obesidade. Por outro lado, há magros 'metabolicamente obesos', que ganham poucos quilos predominantemente no abdome, fígado, músculos e desenvolvem diabetes com IMC na faixa de normalidade ou sobrepeso."

Comparados com as pessoas com peso normal, os indivíduos com EOSS 2 e 3 (o índice vai de 0 a 5: quanto maior, pior) possuíam maior risco de morrer por doenças cardiovasculares e câncer. "Ou seja, um homem barrigudinho com peso normal pode ter um risco muito maior do que uma mulher com obesidade e gordura acumulada em coxas e quadris", avalia Mancini. Segundo Jennifer, os critérios do EOSS podem se tornar uma poderosa ferramenta para os médicos avaliarem quem deve ou não perder peso e a identificar pacientes obesos com maior chance de desenvolver problemas de saúde.

Fonte

Artigos Relacionados:


• Edmonton Obesity Staging System: association with weight history and mortality risk.
Appl Physiol Nutr Metab. 2011 Aug 14. [Epub ahead of print]

• Systematic review of the long-term effects and economic consequences of treatments for obesity and implications for health improvement
Health Technol Assess. 2004 May;8(21):iii-iv, 1-182.
Fonte
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terça-feira, 17 de maio de 2011

Fogachos: A estrada é mais longa que pensávamos?

Sintomas vasomotores (fogachos) podem persistir por uma década ou mais, dependendo de quando começaram.

Fogachos, a queixa mais comum da menopausa, foi relatada durando de 6 meses a mais de 5 anos (JW Womens Health Jun 18 2009). Para compreender melhor este sintoma incômodo, pesquisadores fizeram um estudo populacional prospectivo tipo coorte (Penn Ovarian Aging Study) em que 259 mulheres entre 35 – 47 anos sem usarem reposição hormonal foram seguidas por 13 anos, tempo em que passaram pela menopausa.

A duração média de fogachos moderado a grave foi de 10,2 anos. As mulheres que relataram tais fogachos quando entravam na transição da menopausa foram mais prováveis de experimentá-los por mais tempo (11,2 anos) que as mulheres que começaram a senti-los durante a fase final ou na pós-menopausa. Análise ajustada mostrou que os fogachos duraram mais nas negras que nas brancas, e nas não-obesas que nas obesas. Entre as fumantes a duração foi semelhante.

Comentários: o tratamento mais efetivo para os sintomas vasomotores é terapia hormonal. Contudo, os médicos são encorajados a tratar as mulheres pelo menor tempo possível.

Este estudo fornece mas informação que tão longo o “menor tempo possível” pode ser.

Anne A. Moore, WHNP/ANP-BC, FAANP

Published in Journal Watch Women's Health May 12, 2011

Citation(s):

Freeman EW et al. Duration of menopausal hot flushes and associated risk factors. Obstet Gynecol 2011 May; 117:1095.

Através d
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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Quantidades razoáveis de pimenta vermelha ajudam a inibir o apetite

Substância responsável pela sensação de ardência da pimenta tem papel de destaque no processo

SÃO PAULO - A pimenta vermelha mostra que pode ser uma boa aliada para quem está de dieta. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Purdue, dos Estados Unidos, ela ajuda a inibir o apetite por comidas consideradas pouco saudáveis, como as gordurosas.

Mas o efeito ocorre apenas entre aqueles que não costumam comer pimenta. Quando o organismo acostuma com ela, o "benefício" deixa de existir.

A substância responsável pela inibição é a capsaicina, que dá a ardência típica das pimentas vermelhas. Outros estudos já mostraram que ela reduz a fome, aumenta o gasto de energia e a queima de calorias.

O estudo da Universidade de Purdue, publicado na revista científica Physiology & Behavior, observou os efeitos da pimenta vermelha em quantidade que é considerável suportável por todas as pessoas. Para testá-la, os pesquisadores selecionaram 25 pessoas que não apresentavam sobrepeso, 13 delas gostavam de comida apimentada e as outras 12 não gostavam. Os grupos ficaram sob observação durante seis semanas.

Em geral, o consumo de pimenta vermelha aumentou a temperatura corporal e a queima de calorias por meio de um processo natural de gasto de energia. Aqueles que não costumavam comer alimentos apimentados apresentaram uma queda na sensação de fome, principalmente em relação às comidas gordurosas, salgadas e doces.

Mesmo com os resultados animadores, os pesquisadores lembram que apenas comer pimenta vermelha não fará a pessoa perder peso. "Esta descoberta deve ser considerada uma peça no quebra-cabeça porque a ideia de que uma pequena mudança irá reverter a epidemia de obesidade simplesmente não é verdade. No entanto, se outras mudanças forem adicionadas, elas serão significativas em termos de gerenciamento do peso. Mudanças na dieta que não requerem grandes esforços, como salpicar pimenta vermelha na sua refeição, podem ser sustentáveis e benéficas no longo prazo, especialmente quando combinadas com exercícios e uma alimentação saudável", explica Richard Mattes, diretor do Centro de Pesquisa do Comportamento Ingestivo de Purdue.

Artigo Relacionado:

The effects of hedonically acceptable red pepper doses on thermogenesis and appetite
Physiology & Behavior, Volume 102, Issues 3-4, 1 March 2011, Pages 251-258

Effects of red pepper on appetite and energy intake.
Br J Nutr 1999 Aug;82(2):115-23.

Artigos Relacionados: Os efeitos da hedonically aceitável doses de pimenta vermelha sobre a termogênese e do apetite Fisiologia & Comportamento, Volume 102, Questões 3-4, 01 de março de 2011, Pages 251-258 Efeitos da pimenta vermelha sobre o apetite ea ingestão de energia. Br J Nutr 1999 agosto; 82 (2) :115-23.
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Os efeitos da hedonically aceitável doses de pimenta vermelha sobre a termogênese e do apetite Fisiologia & Comportamento, Volume 102, Questões 3-4, 01 de março de 2011, Pages 251-258 Efeitos da pimenta vermelha sobre o apetite ea ingestão de energia. Br J Nutr 1999 agosto; 82 (2) :115-23.
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domingo, 24 de abril de 2011

O açúcar (frutose e sacarose) aumenta a pressão arterial

Uma dieta rica em frutose podem levar a uma maior pressão arterial mostra nova pesquisa. Enquanto a frutose também é o principal açúcar das frutas, frutas contém vitaminas e fibras, que na maioria dos casos, bloqueiam os efeitos negativos desse açúcar na dieta. Já o acúcar da cana (sacarose) e outros é 50% glicose e 50% frutose.
No
estudo, os homens tomaram um comprimido diário que continha 200 gramas de frutose, que é quase três vezes a quantidade de frutose que consome o homem médio. Depois de apenas duas semanas da dieta rica em frutose, sujeitos apresentaram aumentos significativos na pressão arterial e outros sintomas supostos de serem precursores de doenças cardíacas e diabetes tipo 2, tais como níveis mais elevados de açúcar no sangue em jejum e colesterol mais elevados. Enquanto no passado, os grupos de risco para doenças cardíacas têm sido aconselhadas a reduzir a ingestão de sal, pois isso pode elevar a pressão arterial, estes resultados sugerem que a ingestão de açúcar deve ser que ser mantida sob controle assim o estudo concluiu que os refrigerantes e outras bebidas adoçadas com açúcar estão associados com aumento da pressão sangüínea. E quanto mais açúcar, bem como sódio (também encontrado em abundância na maioria dos refrigerantes), as pessoas consumiam, o maior a elevação da pressão arterial alcançada. Hypertension April, 2011
a sacarose, o acúcar da cana contém 50% de frutose
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