Além de ser um novo vírus, para o qual não há ainda vacina disponível, é naturalmente resistente ao oseltamivir (Tamiflu®). Esta resistência surgiu espontaneamente e não por pressão seletiva, como nas bactérias que expostas aos antibióticos adquirem vantagem ao se tornarem resistentes aos antibióticos.
O oseltamivir (Tamiflu®) é um inibidor da enzima neuraminidase contendo a disseminação do vírus. Quando iniciado nos primeiros dias de infecção diminui a duração e a gravidade da doença, sua administração é em compridos. Outro inibidor da neuraminidase existente é o zanamivir (Relenza®), menos disponível e é administrado por inalação, combatendo o vírus mais no pulmão, ao contrário do oseltamivir que atua em todo o corpo. O zanamivir é efetivo contra o a cepa H1N1 e a possibilidade de resistência espontânea é menor.
A porcentagem de resistência espontânea na cepa H1N1 varia entre as regiões do mundo, 10% nos Estados Unidos, 25% na Europa e assustadores 70% na Noruega. Não há ainda informações precisas para o atual surto na Cidade do México.
Para evitar uma tragédia com milhares ou mais provável milhões de mortos a cooperação próxima e sinérgica entre Organização Mundial de Saúde (WHO), o Centro de Controle de Doenças (CDC) Norte-americano e o equivalente Europeu e a Indústria Farmacêutica é fundamental. A produção de vacinas contra a gripe é um processo lento - os vírus são cultivados em ovos - além de limitado a poucas fábricas no mundo.
Fontes:
N Engl J Med 2009 360(10): 953-956 Global Transmission of Oseltamivir-Resistant Influenza. Anne Moscona, M.D.
Minstério da Saúde do Brasil
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