sábado, 28 de junho de 2008

Mimético de restrição calórica - Desacoplador de Mitocôndrias

Há muito que já se sabe dos benefícios de se fazer restrição calórica sobre a duração da vida . O problema é que as pessoas querem comer mais, e não menos. Para cinco pesquisadoras da USP, a saída talvez seja enfraquecer as mitocôndrias para fazer o organismo trabalhar melhor.

Pesquisadores da USP liderados pela médica Dr. Alicia Kowaltowski usando o já conhecido 2,4-dinitrofenol (DNP), que inclusive já foi usando como medicamento para emagrecer e ainda é usado como raticida, em doses bem baixas os ratos da pesquisa tiveram um aumento na longevidade de 7%.

Dica do Marcelo Coelho no Blog Ciência em Dia

Publicação da Aging Cell [PubMed]


terça-feira, 24 de junho de 2008

Viagra turbina, também no esporte

Fonte: Folha de São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2008 (link para assinante)

Remédio contra disfunção erétil tem sido usado para melhorar a performance atlética e gera monitoramento da Wada

Agência afirma não haver um estudo conclusivo para apontar substância como proibida, mas há indícios de ajuda em grandes altitudes

ADALBERTO LEISTER FILHO
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

A droga que ajudou milhões de pessoas a melhorar sua performance na cama pode estar auxiliando agora alguns atletas a se superarem. No esporte.
O Viagra é o novo alvo dos controles antidoping. Surgida há dez anos, a pílula azul tem sido utilizada por atletas de diversas modalidades, como beisebol, ciclismo e alpinismo.
"Ela melhora a irrigação sangüínea para os músculos", afirmou à Folha Don Catlin, coordenador do Laboratório Antidoping da Ucla (Universidade da Califórnia em Los Angeles).
"Cada vez que há a apreensão de drogas proibidas [no esporte], pode ter certeza de que também é encontrado Viagra."
Foi Catlin quem, há cinco anos, revelou a existência do THG, esteróide anabólico concebido especialmente para fraudar testes. O escândalo gerado por sua descoberta detonou a maior crise da história do atletismo norte-americano.
Victor Conte, dono do Balco, laboratório que produzia o THG, conta que o uso de Viagra está disseminado nos EUA.
"Todos meus atletas tomaram. É melhor do que a creatina", afirma ele, cuja empresa fornecia drogas para competidores de atletismo, ciclismo, beisebol e futebol americano.
Apesar das evidências, porém, Catlin não defende o banimento do remédio no esporte.
"Sou contra a proibição até que haja estudo mais aprofundados da Wada [Agência Mundial Antidoping] sobre o tema."
As pesquisas são embrionárias, mas já existe um estudo no ciclismo que concluiu que o Viagra auxilia o desempenho do atleta em altas altitudes.
A droga passou a ser usada por competidores nas etapas de montanha de provas desgastantes de estrada, como a Volta da França e a da Espanha.
Mas foi no Giro da Itália, em maio, que ocorreu a primeira punição por posse de Viagra.
Andrea Moretta foi suspenso da equipe Gerolsteiner após a polícia descobrir, no carro do pai do ciclista, 82 pílulas de Viagra, além de seringas dentro de tubos de pasta de dente.
Integrante do estafe do controle de dopagem comandado pelo médico Eduardo de Rose, Alexandre Veli Nunes, professor da Universidade Federal do RS, relata outro emprego do remédio. "Nos Jogos [de Inverno] de Turim-2006, controladores comentaram que muitos alpinistas que escalam o Everest sem auxílio de cilindros de oxigênio têm usado Viagra."
Recentemente, a Wada decidiu financiar uma pesquisa que estuda se o medicamento é capaz de aliviar sintomas respiratórios de atletas que irão competir em ambientes poluídos.
As conclusões iniciais apontam para um "sim" como resposta: "Há melhora profunda na pressão da artéria pulmonar, no bombeamento do coração e na capacidade de se exercitar com pouco oxigênio".
Tais conclusões podem conduzir o Viagra para a lista de substâncias proibidas. Contudo essa alteração só começaria a valer a partir do ano que vem.
Ou seja, na Olimpíada de Pequim -cidade que é conhecida pela má qualidade do ar-, é possível que competidores usem o Viagra para ganho de performance esportiva.
Apesar do risco de uma "fraude legal", a Wada desconversa sobre o assunto. Questionada, a entidade afirma que não há estudos conclusivos.
"A Wada está ciente de que há muitos estudos sobre o uso do sildenafil [princípio ativo do Viagra] em altas altitudes", afirma Frédéric Donzé, gerente de comunicações da Wada.
"Monitoramos a droga, como muitas outras, e financiamos investigação sobre a melhora de performance com o sildenafil em várias altitudes. Mas este estudo está em curso."

Sal estimula obesidade em crianças, diz pesquisa

Dietas ricas em sal podem ser a chave para explicar a obesidade em algumas crianças, segundo uma pesquisa da Universidade de Londres divulgada na revista especializada Hypertension. Em um estudo com dados de 1.600 crianças, os pesquisadores concluíram que aquelas que têm uma dieta alta em sal têm tendência a beber mais líquido, inclusive refrigerantes e refrescos adoçados com açúcar.

Segundo os cientistas, ao cortar pela metade o consumo diário médio de sal de 6 gramas por dia, as crianças estariam cortando 250 calorias de sua dieta semanal. Os pesquisadores pediram à indústria que reduza a quantidade de sal dos alimentos.

Uma em cada cinco crianças na Grã-Bretanha está acima do peso e teme-se que isso contribua para o aumento da tendência de obesidade, doenças cardíacas e derrames na fase adulta.

Consumir produtos ricos em sal tende a provocar sede nas pessoas e estudos anteriores já demonstraram que, em adultos, uma dieta rica em sal aumenta o consumo de refrigerantes e refrescos adoçados. Este é o primeiro estudo a identificar o mesmo efeito em crianças.

Primeiro entre as crianças

A equipe do hospital universitário St George’s avaliou dados da Pesquisa Nacional de Dieta e Nutrição conduzida em 1997 e usou uma amostra de 1.600 crianças, entre quatro e 18 anos de idade, que tiveram o consumo diário de sal e líquidos medidos com precisão.

A equipe concluiu que as crianças que comiam menos sal bebiam menos líquidos, e estimou que o corte de um grama de sal da dieta diária equivale à redução de 100 gramas no consumo diário de líquidos. Aproximadamente um quarto dessas 100 gramas corresponderia à bebidas adoçadas, segundo previsão dos cientistas.

Os pesquisadores estimam que se as crianças cortarem o consumo diário de sal pela metade – uma redução média de três gramas por dia – haveria uma redução de cerca de dois copos de bebida adoçada por semana, por criança.
Isso, por sua vez, diminuiria o consumo semanal de calorias em quase 250 calorias.

Os pesquisadores aconselham os pais a checar a quantidade de sal na embalagem de alimentos infantis para encontrar formas de reduzir este consumo. Segundo a equipe, reduções de 10% a 20% da quantidade de sal são imperceptíveis pelos receptores gustativos humanos.

Graham McGregor, um dos autores do estudo e presidente da Ação de Consenso sobre Sal e Saúde, disse que enquanto alguns fabricantes já agiram para reduzir os níveis de sal em pães e cereais – as principais fontes de sal para crianças – ainda há muito a ser feito pela indústria.

Segundo o médico, muitos dos alimentos processados destinados às crianças são salgados em nome do sabor. “O nível de sal desses produtos chega a quase o mesmo nível que a água do mar.”

Pedido de rótulo

Myron Weinberger, do Centro Médico da Universidade de Indiana disse que a redução do consumo de sal e bebidas açucaradas entre as crianças, combinados ao aumento das atividades físicas, poderiam ajudar a diminuir “a calamidade da doença cardiovascular” na sociedade ocidental.

Um porta-voz da British Heart Foundation disse que a melhor rotulagem de alimentos ajudaria os pais a escolher alimentos mais saudáveis para suas famílias. “Quando as crianças consomem alimentos salgados regularmente com bebidas adoçadas e calóricas, isso pode representar problemas duplos para o futuro da saúde de seus corações.”

“Esse relatório é mais uma prova de que as crianças têm que receber apoio para fazer escolhas saudáveis em termos de alimentos e evitar serem obesas ou aumentar sua pressão sangüínea.”

Fonte:
BBC

domingo, 15 de junho de 2008

Erva de São João ('Hypericum perforatum') não é efetiva na Síndrome de Atenção e Hiperatividade

Em estudo duplo cego, randomizado e controlado por placebo a Erva de São João (Hypericum perforatum) não foi diferente que o placebo em oito semanas de estudo para controlar os sintomas da Síndrome da Atenção e Hiperatividade.
Referência:
Weber et al. Hypericum perforatum (St John's Wort) for Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder in Children and Adolescents. JAMA. 2008;299(22):2633-2641.

Nova arma contra a tuberculose: minutos grátis no celular!

Em notícia de Jay Lindsay da Associated Press WriterMassachusetts Institute of Technology Potential new weapon against TB: free cell minutes

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Estudo liga consumo de álcool a redução de risco de artrite

Da BBC Brasil
Uma pesquisa realizada por pesquisadores suecos sugere que tomar bebidas alcoólicas regularmente reduz em até 50% os riscos de artrite reumatóide.

A equipe, da Universidade de Karolinska, analisou 2.750 voluntários em dois estudos separados.

Eles observaram que os que tomavam o equivalente a cinco taças de vinho por semana tinham as chances de desenvolver a doença reduzidas pela metade.

A artrite reumatóide é uma doença auto-imune caracterizada, principalmente, pela inflamação das articulações.

Tabaco

Os pesquisadores avaliaram os fatores genéticos e externos que poderiam contribuir para o aparecimento da doença.

Os participantes responderam questionários sobre seus estilos de vida e tiveram amostras do sangue testadas para investigar os fatores genéticos.

O coordenador do trabalho, Henrik Kallberg, salientou que uma das descobertas mais importantes foi a de que fumar contribui significativamente para as chances de desenvolver a artrite.

"No entanto, é importante saber que o consumo moderado de álcool não causa danos e, em alguns casos, pode ser benéfico", disse o pesquisador.

Estudos anteriores já haviam apontado a ligação entre bebidas alcoólicas e redução de outros processos inflamatórios, como doenças cardiovasculares. A razão para isso, no entanto, ainda não é evidente.

Os pesquisadores salientaram que o consumo excessivo de álcool pode acarretar uma outra gama de problemas de saúde.

A pesquisa foi publicada na revista especializada "Annals of the Rheumatic Diseases".

Referência:
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/06/05/ult4432u1335.jhtm

domingo, 8 de junho de 2008

Estudo Advance

A parte do estudo Advance que estudou o controle intensivo da glicose mostrou que é seguro manter a hemoglobina glicosilada A1c <6,5% e reduz complicações microvasculares além de mostrar reduções macrovasculares (mas não foi estatisticamente significativo).

Referência:

http://www.advance-trial.com

Tratamento com L-Carnitina reduz a fadiga física e mental e melhora a função cognitiva em centenários

Em estudo randomizado duplo cego controlado por placebo, liderado por Mariano Malaguarnera da Universidade de Catania na Itália, demonstrou que a suplementação com 2 gramas ao dia de L-Carnitina resultou em melhora na redução da gordura corporal; aumento na massa muscular e diminuição da fadiga física e mental.

Referência:

Malaguarnera, Mariano et al. L-Carnitine treatment reduces severity of physical and mental fatigue and increases cognitive functions in centenarians: a randomized and controlled clinical trial. Am J Clin Nutr
2007;86:1738-1744

domingo, 1 de junho de 2008

1,5% dos homens têm hormônio baixo

Pesquisa realizada na cidade de Boston, EUA, em 1.486 homens, detectou deficiência de hormônio masculino em cerca de 1,5%. O estudo publicado no último número da revista "Archives of Internal Medicine" pela professora Susan A. Hall e colaboradores, detectou presença de andrógenos abaixo da taxa normal no organismo, inclusive testosterona.
Os homens portadores desta deficiência apresentavam sintomas como baixa libido, disfunção erétil e osteoporose, além de outros menos específicos como distúrbio do sono, depressão e cansaço. Dos 97 homens com taxa baixa de andrógenos, a grande maioria (87,8%) não recebia tratamento, apesar da possibilidade de ter atenção médica.

Referencias:

Arch Intern Med. 2008;168(10):1070-1076 [Abstract]