quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vitamina D pode proteger contra câncer, diabetes e artrite, indica pesquisa

Estudo britânico ligou deficiência da substância a doenças ligadas a condições genéticas

A vitamina D pode proteger o corpo humano contra uma série de doenças ligadas a condições genéticas, incluindo câncer, diabetes, artrite e esclerose múltipla, segundo uma pesquisa britânica recém-publicada.

Os cientistas mapearam os pontos de interação entre a vitamina D e o DNA e identificaram mais de 200 genes influenciados pela substância.

A vitamina D é produzida naturalmente pelo corpo pela exposição ao sol, mas a substância está presente também em peixes e crustáceos e, em menor quantidade, em ovos e leite.

Mas acredita-se que até um bilhão de pessoas em todo o mundo sofram de deficiência de vitamina D pela pouca exposição ao sol.
Já se sabia que a falta de vitamina D podia levar ao raquitismo e havia várias sugestões de ligações com doenças, mas a nova pesquisa, publicada pela revista especializada Genome Research, é a primeira que traz evidências diretas de que a substância controla uma rede de genes ligados com doenças.

Receptores
Os pesquisadores, da Universidade de Oxford, usaram uma nova tecnologia para o sequenciamento do DNA para criar um mapa de receptores de vitamina D ao longo do genoma humano.

O receptor de vitamina D é uma proteína ativada pela substância, que se liga ao DNA e assim determina quais proteínas são produzidas pelo corpo a partir do código genético.

Os pesquisadores identificaram 2.776 pontos de ligação com receptores de vitamina D ao longo do genoma, concentrados principalmente perto de alguns genes ligados a condições como esclerose múltipla, doença de Crohn, lupus, artrite reumatoide e alguns tipos de câncer como leucemia linfática crônica e câncer colo-retal.

Eles também mostraram que a vitamina D tinha um efeito significativo sobre a atividade de 229 genes incluindo o IRF8, associado com a esclerose múltipla, e o PTPN2, ligado à doença de Crohn e ao diabetes do tipo 1.

"Nossa pesquisa mostra de forma dramática a ampla influência que a vitamina D exerce sobre nossa saúde", afirma um dos coordenadores da pesquisa, Andreas Heger.

Seleção
Os autores afirmam que o consumo de suplementos de vitamina D durante a gravidez e nos primeiros anos de vida podem ter um efeito benéfico sobre a saúde da criança em sua vida no futuro.

Outras pesquisas anteriores já haviam indicado que a pele e os cabelos mais claros entre as populações de partes da Terra com menos incidência de raios solares teriam sido uma consequência da evolução para melhorar a produção de vitamina D.
Segundo os pesquisadores da Universidade de Oxford, isso poderia explicar a razão de seu estudo ter identificado um número significativo de receptores de vitamina D em regiões do genoma com mutações genéticas mais comumente encontradas em pessoas de ascendência europeia ou asiática.

A deficiência de vitamina D em mulheres grávidas pode provocar contrações pélvicas, aumentando o risco de morte da mãe e do feto. Segundo os pesquisadores, essa situação pode ter levado ao fim de linhagens maternais de pessoas incapazes de aumentar sua disponibilidade de vitamina D.

"A situação em relação à vitamina D é potencialmente uma das pressões seletivas mais poderosas no genoma em tempos recentes", afirma outro coordenador da pesquisa, George Ebers. "Nosso estudo parece apoiar essa interpretação e pode ser que não tivemos tempo suficiente para fazer todas as adaptações de que precisávamos para suportar nossas circunstâncias", disse.

FONTE

Artigos Relacionados:

• Sunlight and vitamin D for bone health and prevention of autoimmune diseases, cancers, and cardiovascular disease.
Am J Clin Nutr. 2004 Dec;80(6 Suppl):1678S-88S

• Vitamin D and host resistance to infection? Putting the cart in front of the horse.
Exp Biol Med (Maywood). 2010 Aug;235(8):921-7

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Beber quantidades moderadas de água pode ajudar na perda de peso.

O Los Angeles Times (23/08, Roan) "Booster Shots" blog informou que beber dois copos de água antes de uma refeição pode ajudar na perda de peso, segundo um estudo apresentado 23 de agosto na reunião anual da American Chemical Society. Em um estudo de "48 adultos com idades entre 55 e 75" pediu "para seguir uma dieta de baixa caloria," e "também foram orientados a beber dois copos de água antes das refeições, três vezes ao dia."
Os cientistas "encontraram que os fazedores de dieta que começaram cada refeição com dois 8 oz (2 copos) de água perdeu quase cinco quilos a mais, em média, do que os fazedores de dieta que não fizeram, ao longo de 12 semanas," relatou o blog Time Wellness. Especificamente, os "fazedores de dieta instruídos a beber água a cada refeição perderam uma média de 15,5 quilos; fazedores de dieta dada nenhuma instrução perderam, em média, apenas 11 quilos."

Daily Mail do Reino Unido (24/08, Macrae) relata que um estudo anterior descobriu que "bebedores de água comeu 75-90 menos calorias por refeição." BBC News (23/08) e Imprensa do Reino Unido Association (24/08), também cobriu a história.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vegetais de folhas verdes parecem reduzir o risco do diabetes

Aumento do consumo de vegetais folhosos verdes está associado com menor risco de desenvolver diabetes tipo 2, um achado de uma meta-análise do BMJ.

Os investigadores examinaram dados de seis estudos de coorte prospectivo que mede o consumo individual de frutas e legumes. Os estudos também avaliaram o desenvolvimento de diabetes durante uma mediana de 13 anos. A ingestão de frutas ou vegetais, seja sozinho ou combinado, não foi associado com um risco menor. Nos quatro estudos que especificamente medido o consumo de vegetais de folhas verdes, uma redução de 14% no risco de diabetes era evidente entre os maiores e menores níveis de consumo.

Os autores citam os efeitos antioxidantes do betacaroteno, polifenóis e vitamina C como os mecanismos possíveis para esse efeito. Editorialistas comentaram que o aconselhamento dietético "pode ser tão benéfico, se não mais, do que prescrever medicamentos" para os pacientes em risco.

BMJ artigo (grátis)

BMJ editorial (assinatuara necessária)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A relação do ovo com a saúde

Ao contrário do que muitos podem pensar, o ovo é um alimento de grande valor nutritivo. Contém proteínas, vitaminas e minerais, ácidos graxos saturados e insaturados, junto a outras sustâncias não menos importantes. O ovo é recomendado como alimento para uma dieta variada e equilibrada.

Os ovos contêm quantidades apreciáveis de vitaminas e minerais, destacando as vitaminas A, D, E, e do grupo B. Entre os minerais predominam o ferro, fósforo, zinco e selênio.

O ovo é um alimento de elevado teor de proteínas de excelente qualidade.

O conteúdo de lipídeos de um ovo é de 11%, tendo especial importância a riqueza em fosfolipídeos. A relação entre ácidos graxos saturados e insaturados é favorável em termos de nutrição.

No período de crescimento, as crianças e os adolescentes devem considerar os ovos como um alimento recomendado para a correta nutrição. Por isso, o consumo nas primeiras décadas da vida tem poucas limitações. Nestas idades, o medo do colesterol conduz, às vezes, a restrições de alimentos, como no caso do ovo. O que pode ser causa de desequilíbrios na nutrição, crescimento e saúde.

Nas pessoas de idade avançada, o nível de colesterol no sangue tem mais importância, no ponto de vista cardiovascular. Uma dieta restritiva pode desembocar em carências de proteínas, vitaminas e minerais. O ovo pode ser um alimento de alto valor nutritivo, pode melhorar o estado nutricional e de saúde dos idosos, além da colina do ovo favorecer a função mental dos idosos que tem níveis insuficientes de acetilcolina.

O nível de colesterol de uma pessoa não é consequência do consumo de um alimento concreto, mas, sim, de sua dieta total (além de outros fatores). As medidas restritivas na dieta, devido aos prejuízos em torno do colesterol do ovo, podem levar a situações de deficiência em outros nutrientes.

No controle do colesterol, não é só o conteúdo de colesterol que influencia, mas também outros fatores, como a quantidade de vitaminas e minerais dos alimentos, assim como o conteúdo de ácidos graxos saturados e polinsaturados e a relação entre ambos. No caso do ovo, esta relação é favorável quanto a sua influencia sobre o nível dos lipídeos sanguíneos.

Como previnir a salmonela
- Compre sempre ovos com a casca intacta e limpa;
- Respeite a data de validade;
- Não quebre o ovo nas bordas dos recipientes onde eles serão colocados;
- Não separe as claras das gemas com a própria casca do ovo;
- Não deixe os ovos, nem os alimentos que contenham ovo, mais de duas horas expostos à temperatura ambiente.

Três ovos
Você já cansou de ouvir e registrou na memória que comer mais do que três ovos por semana provoca aumento do colesterol, levando a problemas cardíacos. Mito!
Segundo estudos da Universidade de Surrey, na Inglaterra, o efeito do colesterol presente no alimento é insignificante do ponto de vista clínico e ele deve fazer parte de uma dieta balanceada.

FONTE

Artigos Relacionados:

• Nutritional contribution of eggs to American diets
J Am Coll Nutr. 2000 Oct;19(5 Suppl):556S-562S.

• Introduction: nutritional and functional roles of eggs in the diet
J Am Coll Nutr. 2000 Oct;19(5 Suppl):495S-498S.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dislipidemia, nos primeiros anos tem consequências no futuro

Dislipidemia no início da idade adulta leva a aumento dos níveis de cálcio coronário mais tarde, de acordo com um estudo Annals of Internal Medicine.

Os pesquisadores acompanharam cerca de 3200 indivíduos recrutados enquanto jovens adultos. Colesterol e triglicérides foram medidos em intervalos regulares durante 20 anos seguintes, no final dos quais o cálcio coronário foi avaliado pela tomografia computadorizada.

Níveis elevados de LDL antes de 35 anos de idade foram associados com aumento do risco de calcificação na meia-idade. O aumento da HDL mostraram um risco inverso em análises não ajustadas, e triglicérides não mostraram nenhuma associação.

Os autores recomendam que "os comportamentos saudáveis não devem ser adiadas até a meia-idade."

Fonte:
Annals of Internal Medicine (resumo)