segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cientistas estudam vacina para pessoas com intolerância ao glúten

Pesquisadores australianos conseguiram identificar causa da doença celíaca

O mistério em torno da doença celíaca foi desvendado por cientistas australianos, segundo estudo publicado na quinta-feira na revista Science Translation Medicine. A descoberta pode melhorar a vida de milhares de pessoas que possuem intolerância ao glúten - proteína encontrada em pães, massas, cervejas e outros alimentos que possuam trigo entre seus ingredientes. Há 60 anos, a ciência já havia estabelecido a relação do glúten com a doença celíaca, porém, os cientistas não sabiam qual era o componente do glúten que provocava os efeitos. Mas agora, de acordo com o artigo, os pesquisadores conseguiram identificar três substâncias-chave do glúten que provocam a reação imunológica nas pessoas com a doença digestiva.

Para encontrar os fragmentos do glúten, 244 voluntários receberam alimentos como pão, bolo de centeio e cevada. Depois, as pessoas tiveram suas amostras de sangue coletadas para analisar a reação das células. No total, o glúten possui 16.000 componentes, mas somente três causam problemas ao organismo.

Ao consumirem alimentos com glúten, os portadores da doença podem apresentar sintomas como diarreia, vômitos e prejuízos na formação e desenvolvimento, no caso de crianças. Além disso, a doença também causa dificuldade na absorção de nutrientes, vitaminas e minerais – condição que pode trazer consequências para o cérebro, sistema nervoso, fígado e outros órgãos. O único tratamento – até agora – era a suspensão do glúten do cardápio diário.

O pesquisador Robert Anderson, do Instituto de Pesquisa Médica Walter e Eliza Hall, na Austrália, está otimista com os resultados. Ele acredita que a descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos e até um novo tipo de vacina. Anderson e os outros pesquisadores estudam criar um injeção que contenha os três componentes que desencadeiam a reação alérgica em quantidades ínfimas, para aplicar regularmente até que o corpo crie as defesas necessárias gradualmente.

No Brasil, as embalagens de alimentos contendo glúten precisam comunicar a presença da substância, além de informar sobre a doença celíaca, segundo determinou o Superior Tribunal de Justiça no início deste ano. A doença celíaca é considerada uma patologia gastrointestinal comum: cerca de 1% da população ocidental possui intolerância ao glúten.

Fonte:

Site da Revista Veja

terça-feira, 13 de julho de 2010

Deficiência da vitamina D associada com a demência e doença de Parkinson

Dois estudos parecem apontar para a deficiência da vitamina D como tendo um papel tanto no declínio cognitivo quanto na doença de Parkinson, mas analistas não têm certeza sobre as implicações clínicas.
Um estudo publicado no Archives of Internal Medicine, seguiu 850 adultos de mais de cerca de 6 anos. Níveis séricos baixos de vitamina D no início do estudo foram associadas com o declínio cognitivo substancial (medida pelo exame Mini-Mental) até o final estudo. Editorialistas advertem que "os níveis baixos de vitamina D pode ser simplesmente um marcador de status sanitário inferior a causa dele." Eles escrevem que "uma base de dad
os rigorosos ... ainda não existe" para favorecer a utilização de suplementação de vitamina D para melhorar os resultados de saúde.
O outro estudo, publicado na revista Archives of Neurology, encontraram uma associação entre níveis baixos de vitamina D e o desenvolvimento da doença de Parkinson pelo acompanhamento de cerca de 30 anos mais tarde. Um editorialista considera os resultados promissores, mas preliminares.
Fonte:
Archives of Internal Medicine article (Free abstract)
Archives of Internal Medicine editorial (Subscription required)
Archives of Neurology article (Free abstract)
Archives of Neurology editorial (Subscription required)