terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A alimentação sólida dos bebês e o risco de obesidade

Se a criança começar a comer sólidos antes dos quatro meses de idade e não for amamentada, há mais chances de ela ser obesa, diz pesquisa

Pediatras já alertam normalmente os pais para que não deem alimentos sólidos aos bebês muito cedo. Um novo estudo publicado nesta segunda-feira (7) reforça esse aviso para as crianças alimentadas por mamadeira. Segundo a pesquisa realizada nos Estados Unidos, a chance dos bebês ficarem obesos a partir dos três anos aumenta seis vezes se ingerem sólidos antes dos quatro meses. Para os que são amamentados, essa elevação dos risco de obesidade não foi observada, diz o estudo do Children's Hospital Boston, divulgado no jornal da Academia Americana de Pediatria, Pediatrics.

Os pesquisadores acompanharam 847 crianças. Quando elas chegaram aos 3 anos de idade, foi observada uma taxa de obesidade de 9%. Os bebês que eram alimentados por mamadeira e ingeriam também alimentos sólidos tinham grande risco de ficarem obesos. Entre os que eram amamentados por no mínimo quatro meses, não foi detectada relação entre risco de obesidade e o momento em que passaram a ingerir comida sólida. Os bebês que tomavam mamadeira e não receberam alimentação sólida até ao menos seis meses de idade também não correram mais risco de obesidade. O aleitamento materno exclusivo é aconselhado até os seis meses, na maioria dos casos.

Fonte

Artigos Relacionados:

• Timing of Solid Food Introduction and Risk of Obesity in Preschool-Aged Children
Pediatrics 2011 Feb 7. [Epub ahead of print]

• Effects of early nutritional interventions on the development of atopic disease in infants and children: the role of maternal dietary restriction, breastfeeding, timing of introduction of complementary foods, and hydrolyzed formulas
Pediatrics 2008 Jan;121(1):183-91.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Medicamento para osteoporose faz paciente viver mais

Pesquisa mostrou aumento da longevidade no grupo de pessoas que tomou os remédios por três anos

Estudo acompanhou mais de 2.000 idosos por 22 anos; droga reduz fraturas mas também tem efeitos colaterais

Quem toma bisfosfonatos, classe de remédios mais usada no tratamento da osteoporose, pode ter um benefício extra: cinco anos a mais de vida em comparação aos que usam outros medicamentos para o mesmo problema.
A conclusão é de uma pesquisa australiana do Garvan Institute of Medical Research de Sidney, publicada no "Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism".
Os resultados se basearam num estudo feito na cidade de Dubbo, no País de Gales, com mais de 2.000 pessoas acima de 60 anos.
Entre elas, um grupo de 121 pacientes se tratou com bisfosfonatos por três anos.
Em comparação com outros grupos que utilizavam diferentes formas de tratamento, como vitamina D ou hormônios, o primeiro teve maior expectativa de vida.
Uma das hipóteses para o resultado, segundo os pesquisadores, está ligada ao fato de que o osso atua como repositório de metais pesados tóxicos, como o chumbo.
Quando a pessoa envelhece e perde massa óssea, essas substâncias seriam liberadas no corpo, afetando a saúde. A prevenção da perda óssea com a droga também poderia impedir isso.
Para Rosa Maria Rodrigues Pereira, responsável pelo ambulatório de osteoporose do Hospital das Clínicas, essa justificativa é teoria nova.
O que se sabe, diz Pereira, é que o bisfosfonato reduz o risco de fraturas e, portanto, aumenta a sobrevida.
"As fraturas levam à internação, que pode causar infecções de pulmão e outras doenças", afirma.
Ari Halpern, reumatologista do Albert Einstein, concorda. Para ele, o estudo demonstra que o remédio é eficaz contra as fraturas graves.
"Esses resultados apontam que os bisfosfonatos não reduzem o problema apenas nos exames e na densidade óssea, mas têm impacto na qualidade de vida", afirma.
Mas, segundo ele, não há nenhum estudo que afirme que os bisfosfonatos são mais eficazes que outros tipos de tratamento.

POLÊMICA
Um dos efeitos colaterais do medicamento é irritação no esôfago e no estômago.
No ano passado, uma pesquisa publicada no "British Medical Journal" apontou que o remédio pode dobrar o risco de câncer de esôfago.
Um mês antes, um estudo da Universidade de Oxford negava essa relação.
Ari Halpern diz que os efeitos do remédio nessa região do corpo podem ser evitados com algumas medidas.
Algumas delas são tomar o remédio em jejum com um copo cheio d'água, não comer nada depois de duas horas nem deitar-se logo em seguida, para não ter refluxo.

Matéria de MARIANA VERSOLATO DE SÃO PAULO
Para o Jornal Folha de São Paulo (link só para assinantes)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vinagre reduz a glicose pós-prandial

Investigadores do departamento de nutrição da Universidade Estadual do Arizona testaram uma bebida simples vinagre - 20 g de vinagre de maçã, 49 g de água e 1 colher de chá de sacarina - em 10 voluntários saudáveis não diabéticos.

Para fins de comparação, em dias diferentes, os indivíduos foram avaliados após consumir bebida placebo constituída de 60 g de água e 1 colher de chá de sacarina ou de uma bebida de acetato de cálcio. Em cada ocasião, a bebida foi consumida após os voluntários terem ingerido um café da manhã com pão e suco de laranja com o estômago vazio. Amostras de sangue foram colhidas com 0, 30, 60, 90 e 120 minutos após a refeição.

Carol S. Johnson e seus colegas relatam que após os participantes terem consumido a bebida de vinagre, as excursões de glicose em 60 minutos, foram 35% menores do que após o placebo. Em média, o consumo de calorias foi reduzida em >300 calorias para o resto do dia, de acordo com o grupo. Nenhuma diferença foi notada após a bebida acetato de cálcio (bebida do grupo controle).

Para obter os benefícios de saúde completo do vinagre, o consumidor deve ater a formas naturais de vinagres, inclusive vinagre natural feito de cana. Feita a partir de 100 por cento ingredientes fermentados naturalmente, é um dos poucos todos os vinagres naturais disponíveis localmente. Outras fontes naturais para o vinagre incluem coco, dendê e maçãs. Entretanto o estudo usou vinagre de maçã e provavelmente é o melhor a ser usado.

É sempre mais seguro para escolher todos os vinagres naturais. Enquanto o vinagre tem inúmeros benefícios, aqueles que contêm ingredientes não-naturais podem ser muito prejudiciais para os atletas saudáveis.

Há outros estudos que mostraram resultados semelhantes, inclusive um realizado em 2005 na Suécia (link em inglês).

Fonte:

Diabetes Control (em inglês).

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É sempre mais seguro para escolher todos os vinagres naturais. Enquanto o vinagre tem inúmeros benefícios, aqueles que contêm ingredientes não-naturais pode ser muito prejudicial para os atletas saudáveis.
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