domingo, 26 de outubro de 2008

As três principais razões para tomarmos café da manhã

1. Melhor desempenho. Aqueles que tomam café da manhã têm uma atitude mais positiva diante da escola e do trabalho, além de um melhor desempenho. Um estudo de Boston mostrou que crianças que começaram a tomar café da manhã aumentaram significativamente suas notas e chegaram atrasados ou faltaram à aula com menos freqüência.

2. Melhor nutrição global. Pessoas que tomam café da manhã estão mais suscetíveis à aquisição dos nutrientes de que seus corpos necessitam. Um estudo de Louisiana descobriu que pessoas as quais pulavam esta refeição raramente alcançavam sequer dois terços das exigências nutricionais diárias, relativas à maioria dos minerais e das vitaminas.

3. Melhor controle de peso. O café da manhã eleva a taxa metabólica do corpo no começo da manhã; assim, queimar calorias torna-se mais rápido do que se a refeição matinal houvesse sido pulada. Por isso, pessoas que tomam café da manhã mantêm o seu peso com maior facilidade do que aquelas que não o fazem.

Um estudo com 2.900 americanos, com idades entre 18 e 30 anos, e que durou 10 anos, mostrou que a ingestão do café da manhã diário pode reduzir o risco de obesidade ou de desenvolvimento de sinais que levam ao diabetes (síndrome de resistência à insulina) em 35% a 50%, em relação a pessoas que pulam a refeição matinal. Estas acabam ingerindo mais calorias durante todo o dia, e tais calorias adicionais são consumidas através de alimentos com alto teor calórico e baixa qualidade nutritiva, ao invés das comidas ricas em nutrientes, típicas do café da manhã. Fazer esta refeição permite uma melhor chance de queimar calorias, uma vez que o consumo é feito no início do dia. Estudos também mostraram que homens que consomem ao menos uma porção de grãos, e outros tipos de cereais matinais, tinham 20% a menos de chances de morrer por doença cardíaca, diabetes ou outras causas.

As chances de desenvolver a síndrome de resistência à insulina, uma desordem metabólica na qual o organismo não usa eficientemente o açúcar do sangue, podem aumentar nas pessoas com alta concentração de gordura abdominal, elevada pressão sangüínea e altos níveis de açúcar. Quando o corpo é privado de alimentos, pode ocorrer a hipoglicemia (baixo açúcar no sangue); quando a comida é introduzida, os níveis de insulina sobem, e esta substância lhe leva a converter e armazenar o excesso de açúcar como gordura. O corpo humano não pode viver sem insulina, mas manter balanceados os seus níveis, sem períodos de muita elevação, é muito mais saudável.

Estudos após estudos têm indicado que o café da manhã é realmente a refeição mais importante do dia, e agora nos sabemos o porquê.

Fonte: Vaxa (inglês) e tradução

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Associação de ácidos graxos ômega-3 à sinvastatina potencializa a redução lipídica

Autor: Will Boggs Publicado em 09/18/2008 Medcenter Medscape
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Nova York – De acordo com uma publicação em agosto do American Journal of Cardiology, em pacientes com dislipidemia mista, a prescrição adicional de ácido etil-éster ômega-3 (P-OM3) à sinvastatina melhora as concentrações de lipídios e lipoproteínas.

"A eficácia da combinação de sinvastatina/ômega-3 é semelhante à observada com sinvastatina/fenofibrato", Dr. Kevin C. Maki do Provident Clinical Research, Glen Ellyn, Illinois declarou à Reuters Health. "Portanto, minha opinião é que a combinação é uma opção de tratamento razoável para indivíduos com dislipidemia mista".

Dr. Maki e colaboradores avaliaram 6 semanas de tratamento com sinvastatina em doses de 20 mg/dia associada a P-OM3 4 g/dia ou placebo em 39 pacientes com triglicérides e colesterol não-HDL elevado.

A concentração de colesterol não-HDL declinou para um nível melhor com sinvastatina + P-OM3 (redução de 40%) do que com sinvastatina + placebo (redução de 34%), relatam os autores.

O grupo que recebeu P-OM3 também teve maior redução no colesterol VLDL e triglicérides e maior aumento no colesterol HDL do que os pacientes do grupo que recebeu placebo.

Os pesquisadores observam que melhoras significativamente maiores com P-OM3 em comparação com placebo foram vistas na apoB, na razão colesterol total/colesterol HDL e razão triglicérides/colesterol HDL, mas concentrações de colesterol LDL e de apoA-I mudaram para um nível semelhante com os dois tratamentos.

A maioria dos efeitos adversos foi classificada como leve ou moderada quanto à gravidade, relatam os pesquisadores, e não houve efeitos adversos graves relacionados ao tratamento.

"A minha maior mensagem é a importância do tratamento para se obter as metas de colesterol LDL e não-HDL do National Cholesterol Education Program", disse Dr. Maki. "Os resultados da nossa pesquisa NEPTUNE II sugerem que cerca de 25% dos indivíduos submetidos ao tratamento para dislipidemia têm triglicérides elevados (pelo menos 200 mg/dL). Nós fizemos grande progresso no tratamento de pacientes para levá-los às suas metas para colesterol LDL durante a década passada, mas uma porcentagem significativa de pacientes não alcança as metas para colesterol não-HDL".

"A evidência de uma variedade de fontes indica que cada aumento de 1 mg/dL no colesterol VLDL está associado ao aumento do risco de doença coronariana de forma semelhante como ocorre com cada aumento de 1 mg/dL de colesterol LDL, o que explica porque colesterol não-HDL é um melhor indicador de risco de evento do que o colesterol LDL", acrescenta Dr. Maki. "Atenção adicional é necessária na prática clínica para identificar e tratar pacientes com colesterol não-HDL elevado".


Fonte:

Am J Cardiol 2008;102:429-433.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Dieta ocidental ligada à risco aumentado de ataque do coração, sugere estudo

A BBC News em seu website relata que "trocar comida frita e salgada por saladas pode reduzir a incidência global de ataques cardíacos em ", de acordo com um estudo publicado no periódico Circulation. Os pesquisadores "analisaram a dieta" de aproximadamente "16.000 pessoas em 52 países e identificaram 3 padrões globais de alimentação".

WebMD acrescenta que "5.761 pessoas foram entrevistadas após ter um único ataque cardíaco; os restantes 10.646 não tinham doença cardíaca conhecida, incluindo angina e não sofriam de diabetes, hipertensão ou colesterol elevado".

Os pesquisadores encontraram que "pessoas que comem uma dieta Ocidental tinham um risco 35% maior de ter um ataque coração, comparado com aqueles que comiam pouco ou nenhuma comida frita e carne", acrescentou HealthDay. Indivíduos que seguem uma dieta 'Prudente' tinham um risco 35% menor de sofrer um ataque cardíaco, comparados com aqueles que fizeram uma dieta com frutas e vegetais". Os investigadores concluíram também que "uma dieta 'Oriental', rica em tofu, soja e outros molhos, foi neutra, não aumentando nem diminuindo os riscos de ataque cardíaco.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

As gorduras ômega-3 podem reduzir o risco de declínio das células produtoras de insulina em crianças

Tanto os achados de estudos epidemiológicos quanto os de estudos observacionais têm sugerido que a probabilidade de diabetes é menor entre as crianças que consomem óleo de fígado de bacalhau - rico em ácidos graxos ômega-3 eicosapentaenóicos e docosahexaenóicos - em relação às que não o consomem. Pesquisadores do Estudo da Auto-imunidade do Diabetes nos Jovens (DAISY - Diabetes Autoimmunity Study in the Young) exploraram a associação entre o desenvolvimento da auto-imunidade nas ilhotas de Langerhans e o consumo de ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 em crianças com risco de diabetes tipo 1 - aquelas parentes em primeiro grau de indivíduos com diabetes tipo 1 e crianças com mutações na região do antígeno leucocitário humano (um fator de risco genético), por exemplo. Foram obtidos os relatos quanto à ingestão de ácidos graxos ômega-3 de todos os participantes.
Das 1.770 crianças que participaram do estudo, entre janeiro de 1994 e novembro de 2006, 58 desenvolveram auto-imunidade nas ilhotas de Langerhans. Depois do ajuste para as diversas co-variáveis, a elevação da ingestão dos ácidos graxos ômega-3 esteve associada a uma redução de 55% no risco de desenvolvimento da auto-imunidade nas ilhotas de Langerhans. Em outro estudo de caso amostral, no qual se avaliou a quantidade de ácidos graxos nas membranas dos eritrócitos de 244 dos participantes, a elevação da quantidade de ácidos graxos ômega-ô esteve associada a uma redução de 37% no risco de auto-imunidade nas ilhotas de Langerhans.

Comentário:

Nesse estudo amostral observacional, os ácidos graxos ômega-3 estiveram associados a reduções nas taxas de desenvolvimento de auto-imunidade nas ilhotas de Langerhans. Esta evidência possivelmente aponta para a eficácia da suplementação com ácidos graxos ômega-3 na condição de estratégia preventiva para crianças com alto risco de diabetes tipo 1; contudo ainda é preciso que novos estudos sobre tal estratégia apresentem seus benefícios de forma clara.

Autora: JoAnne M Foody, MD. para o Journal Watch

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Exenatide administrado uma vez por semana é tão eficaz para o controle glicêmico quanto se administrado duas vezes por dia

Autora: Shelley Wood, para o Medscape
Publicado em 10/09/2008

De acordo com os resultados do estudo Diabetes Therapy Utilization: Researching Changes in A1c, Weight and Other Factors Through Intervention with Exenatide ONce Weekly (DURATION-1), a droga hipoglicemiante exenatide (Byetta®, Amylin Pharmaceuticals/Eli Lilly) apresenta igual efeito na melhora do controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2 se tomada uma vez por semana, em vez de duas vezes por dia.

Segundo Dr. Daniel J Drucker (University of Toronto, ON) e colaboradores, cujos resultados foram publicados na internet em 8 de setembro de 2008, no Lancet, o medicamento oferece "uma opção de tratamento promissora para o controle do diabetes tipo 2".

Como publicado anteriormente pela heartwire, exenatide mimetiza o efeito da incretina, uma versão sintética da exendina-4, um hormônio encontrado na saliva do Monstro-de-Gila, um lagarto nativo da região sudoeste dos EUA, que come somente quatro vezes por ano. Estudos recentes do medicamento mostraram que este funciona através do receptor para peptídeo glucagon-símile 1 (GLP-1), mas é muito mais potente e tem ações similares ao GLP-1 humano, incluindo estimulação da secreção de insulina, lentificação do esvaziamento gástrico e inibição da produção de glucagon pelas células alfa do pâncreas. Estudos clínicos do exenatide mostraram que ele é tão eficaz quanto à insulina glargina em pacientes que não conseguem atingir a glicemia-alvo com hipoglicemiantes orais comuns. Enquanto nenhum estudo para resultados cardiovasculares foi realizado com exenatide, o medicamento aparenta melhorar também vários fatores importantes para risco cardiovascular, provavelmente devido ao seu efeito no peso corporal.

Para o DURATION

No estudo DURATION-1, Druker e colaboradores procuraram comparar a fórmula de liberação de longa ação do exenatide (2 mg, injetados uma vez por semana) com 10 µg de exenatide injetado duas vezes por dia em 295 pacientes com diabetes tipo 2. Os pacientes podiam estar ou não tomando outros medicamentos hipoglicemiantes orais.

Após 30 semanas, Druker e colaboradores relataram que os pacientes que tomaram o medicamento uma vez por semana tiveram mudanças significativamente melhores na hemoglobina glicada (HbA1c) do que pacientes que tomaram o medicamento duas vezes por dia; eles também foram mais propensos a atingir a concentração-alvo de HbA1c (7,0% ou menos).

Os autores também relataram mudanças importantes nos fatores de risco para doença cardiovascular (DCV). Quando comparado com o esquema de duas vezes por dia, os pacientes que receberam injeção uma vez por semana tiveram reduções melhores nas concentrações iniciais de colesterol total e de lipoproteína de baixa densidade (LDL). Ambos os grupos tiveram reduções semelhantes nas concentrações iniciais de triglicérides, na pressão arterial e no emagrecimento.


Mudanças percentuais das concentrações iniciais com os dois esquemas de exenatide

Fator de risco

1 vez por semana (%)

2 vezes por dia (%)

Colesterol total (mmol/L)

–0,31

–0,10

HDL (mmol/L)

–0,02

–0,03

LDL (mmol/L)

–0,13

+0,03

Pressão arterial sistólica (mm Hg)

–4,7

–3,4

Pressão arterial diastólica (mm Hg)

–1,7

–1,7

Peso (kg)

–3,7

–3,6


Ao comentar sobre o estudo da heartwire, Drucker enfatiza que esse é o primeiro tratamento para diabetes administrado uma vez por semana que demonstrou efeitos benéficos na redução de peso e na pressão arterial, com risco de hipoglicemia muito pequeno. "Isso tem implicações favoráveis para a melhora do risco cardiometabólico", ele diz.

Da mesma forma, Dr. John Buse (University of North Carolina, Chapel Hill), um co-autor do estudo, que apresentou alguns dos resultados na 44° Encontro Anual da European Association for the Study of Diabetes, disse à heartwire que enquanto é cedo demais para estimar os efeitos a longo prazo do exenatide para o coração, pelo menos alguns sinais precoces são promissores.


"Esta é uma área na qual há muita esperança de que, associado à perda de peso, haja melhora nos marcadores de risco cardiovascular", disse. "Esperança suficiente que muitas pessoas, incluindo a mim mesmo, reclamaram devido à necessidade de novos estudos para resultados cardiovasculares, não porque alguém ache que haverá surpresa em termos de segurança, mas porque de todos os tratamentos que existem para o diabetes, este é o que talvez tenha maior probabilidade de melhorar os resultados cardiovasculares. Se o foco ou interesse maior era examinar a segurança cardiovascular, então, era necessário fazer um estudo para averiguar a igualdade ou superioridade comparando exenatide [com outra droga hipoglicemiante]. Mas nesse caso, eu acho que esse é um medicamento para o qual, provavelmente, valha a pena fazer um estudo de superioridade com resultados cardiovasculares".

Ele acrescenta que "ainda não se sabe" se o sinal de benefício, em termos de parâmetros lipídicos e da pressão arterial, foi devido inteiramente à perda de peso ou está relacionado aos efeitos do medicamento.

Precaução e esperança

Em um anexo que acompanhou os resultados do DURATION-1,[2] Dr. Andre J Scheen (University of Liège, Bélgica) adverte que há necessidade de dados a longo prazo para esse novo esquema. "É necessária precaução, assim como para qualquer novo medicamento desenvolvido para o tratamento de diabetes tipo 2. Muitas drogas hipoglicemiantes foram retiradas do mercado ou tornaram-se controversas apesar dos resultados precoces positivos. O sucesso de qualquer agente hipoglicemiante depende da eficiência no controle da glicose, boa tolerância e perfil seguro, facilidade do uso e custo (desconhecido para exenatide de longa duração) e capacidade de reduzir complicações".

Dito isso, Dr. Scheen reconhece que evitar injeções duas vezes por dia seria uma mudança bem-vinda para pacientes com diabetes. "Quando a fórmula de exenatide, que será administrada uma vez por semana, estiver disponível, após a confirmação e extensão dos resultados atuais positivos, essa nova estratégia pode mudar substancialmente o tratamento do diabetes tipo 2", escreve o autor.

Exenatide já está aprovado nos EUA para o uso sob a forma de injeção, duas vezes por dia, para ser usada com a monoterapia de metformina, sulfoniluréia ou tiazolidinediona (TZD) ou com associação de metformina e sulfoniluréia ou com metformina e TZD. Não está aprovado para o uso como monoterapia.

Dr. Buse declarou ser consultor e pesquisador para patrocinadora de testes Amylin Pharmaceuticals and Eli Lilly, mas esclareceu que ambas as atividades foram contratadas pela University of North Carolina. Os outros autores do estudo divulgaram várias relações financeiras com Amylin Pharmaceuticals, Arisaph Pharmaceuticals, Conjuchem, Eli Lilly, Emisphere Technologies, GlaxoSmithKline, Glenmark Pharmaceuticals, Isis Pharmaceuticals, Merck Research Laboratories, Novartis Pharmaceuticals, Novo Nordisk, Phenomix, Roche, Takeda, e Transition Pharmaceuticals.

Dr. Scheen é consultor da sanofi-aventis, AstraZeneca, e GlaxoSmithKline, e recebeu remuneração pela palestra da sanofi-aventis.

Referências bibliográficas

  1. Drucker DJ, Buse JB, Taylor K, et al. Exenatide once weekly versus twice daily for the treatment of type 2 diabetes: A randomised, open-label, non-inferiority study. Lancet. 2008; DOI:10.1016/S0140-6736(08)61206-4. Available at: http://www.thelancet.com.
  2. Scheen A. Exenatide once weekly in type 2 diabetes. Lancet. 2008; DOI:10.1016/S0140-6736(08)61207-6. Available at: http://www.thelancet.com.

Estudo sugere que hipoglicemia grave freqüentes pode não ter impacto na função cognitiva de adolescentes com diabetes

Medscape (02 outubro de 2008, em inglês) relata que "a despeito de relativamente altas taxas de hipoglicemia grave, a função cognitiva não declinou durante 18 anos em adolescentes com diabetes tipo 1", segundo um estudo publicado em setembro na Diabetes Care. Gail Musen, Ph.D., do Joslin Diabetes Center/Harvard Medical School e colaboradores, buscaram determiner se hipoglicemia grave ou terapia intensiva afeta o desempenho cognitivo com o tempo em um subgrupo de 249 pacientes com diabetes tipo 1 com idades entre 13 a 19 anos quando entraram no estudo DCCT [Diabetes Control and Complications Trial ]. "Os pesquisadores realizaram uma ampla bateria de testes cognitivos aproximadamente 18 anos após entrarem no DCCT e as notas foram comparadas com o desempenho inicial. Então "levando-se em conta os valores médios da glicohemoglobina A1c, freqüência de hipoglicemias graves, o tipo de tratamento utilizado no DCCT não foi encontrada associação com declínio da função cognitiva, embora valores altos de A1c fossem ligados a declínio nas funções psicomotoras e eficiência mental.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Via cerebral ativada por dieta ruim pode aumentar o risco de obesidade e diabetes

Wisconsin's Capital Times (02/10) relata que pesquisadores da University of Winsconsin-Madison "identificaram uma quebra na torre de controle cerebral para a obesidade – um emaranhado complexo sistema de mensagens moleculares que regulam o peso corporal e a quantidade de comida ingerida", conforme os achados detalhados na edição de 3 de outubro de 08 da revista científica Cell. Especificamente, o "grupo descobriu o que" eles chamam de "uma 'via patológica' para a obesidade no hipotálamo". O Times Capital ressalta que o "papel clássico para esta via é induzir inflamação no sistema imune quando o corpo é desafiado com infecções, tais como vírus ou bactérias, machucados ou doenças como o câncer". Mas "esta via pode também ser estressada e ativada por um padrao "que é referido com 'sobrecarga nutricional', um excesso de ingestão de calorias.

Comendo "muitas calorias envia uma mensagem para o cérebro que regula para cima o bem regulado balanço energético do corpo, os pesquisadores mostraram". Portanto, "quanto mais alimento é comido mais açúcar é guardado como gordura". Contudo, o mecanismo também tem uma ligação direta com as doenças associadas com a obesidade, como, diabetes tipo 2 e doença cardiovascular.

Em ratos, a proteína ligada à inflamação IKKβ/NF-kB – que é normalmente inativa, apesar de presente, no cérebro – era ativada quando alimentados com uma dieta rica em gordura e açúcar e uma vez que a proteína fosse ativada, mais os ratos comiam, sugerindo que esta parte da via está envolvida na regulação da ingestão de comida. Usando engenharia genética, os pesquisadores "desligaram a proteína, e estes ratos ficaram protegidos contra obesidade, mesmo com uma dieta rica em gorduras". Espera-se que com medicamentos possa-se também fazer a mesma coisa em pessoas e ser mais uma arma na luta contra a obesidade e as doenças associadas.

Fonte:

Terapia para sistema imune pode preservar alguma produção de insulina em crianças com diabete melito tipo 1

Bloomberg News (8/10/08, em inglês) relata que "Uma terapia imune experimental pode preservar algumas células cruciais para a produção de insulina em crianças recentemente diagnosticadas com diabetes tipo 1, a forma mais grave da doença", de acordo com um estudo publicado na edição de 8 de outubro de 2008 no New England Journal of Medicine. Para o estudo, pesquisadores usaram "uma proteína que ocorre naturalmente encontrada no pâncreas e no cérebro, chamada descarboxilase do ácido glutâmico (GAD, do inglês glutamic acid decarboxylase), que mostrou ser efetiva em prevenir o início do diabetes em ratos". A terapia foi testada "contra placebo em 70 diabetéticos recem diagnosticados com idade entre 10 a 18 anos que estavam usando insulina". Os pesquisadores encontraram que a droga "mostrou sutil eficácia somente quando administrada a crianças dentro dos primeiros 6 meses após o diagnostico", após o qual o tratamento foi ineficaz. "Após 30 meses, pacientes tomando a terapia mostraram menores declínios nos níveis de peptídeo-C, uma proteína que reflete a secreção de insulina do corpo".

Fonte: Endocrine Daily Briefing

Desinfetantes deixam bactérias mais fortes

Um estudo americano mostrou que bactérias expostas a pequenas doses de biocidas, usados em desinfetantes e antissépticos, podem ficar mais fortes e imunes a antibióticos, em vez de serem eliminadas

REDAÇÃO ÉPOCA

Se você usa desinfetantes pensando que vai eliminar o perigo de contaminação da sua família por bactérias, talvez seja a hora de repensar as compras de material de limpeza para o lar. A edição de outubro da revista Microbiology publicou um estudo que provou que produtos químicos usados para matar bactérias podem estar fazendo o contrário: deixando os microrganismos ainda mais resistentes.

Se usadas em pequenas quantidades, essas substâncias, chamadas biocidas, podem fazer com que a potencialmente letal bactéria Staphylococcus aureus se torne mais resistente à ação de antibióticos. O S. aureus é responsável por infecções no coração, medula óssea, pele e sistema gastrointestinal. A doença mais perigosa provocada pelo microorganismo é uma síndrome, que leva à pressão baixa, febre, perda de consciência e insuficiência de múltipla dos órgãos.

Biocidas fazem parte da composição de desinfetantes e antissépticos, normalmente usados na limpeza doméstica, hospitais, esterilização de equipamentos médicos e descontaminação da pele antes de cirurgias. A pesquisa mostrou que tais produtos matam bactérias e outros microrganismos se forem usados em níveis corretos. Entretanto, se quantidades inferiores aos indicados forem aplicadas no local que deveria ser esterilizado, os micróbios podem sobreviver, tornando-se mais resistentes em uma aplicação futura.

Os pesquisadores expuseram amostras de S. aureus a baixas concentrações de diversos biocidas usados freqüentemente em hospitais. Ao analisar o efeito da exposição, identificaram o surgimento de bactérias mutantes, mais fortes e capazes de diminuir o efeito de antibióticos.

Segundo os estudos, se bactérias que vivem em ambientes protegidos são expostas repetidamente a biocidas, por exemplo, durante a atividade de limpeza, elas podem desenvolver resistência a desinfetantes e até a antibióticos. Por isso, os pesquisadores destacam a importância do uso cuidadoso e adequado tanto de antibióticos como de biocidas.

Fonte:

Revista Época

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